Em Dezembro de 1996 o Grêmio decidiu o campeonato brasileiro contra a
Portuguesa. Ainda havia final, era em ida e volta, e a Portuguesa venceu o
primeiro jogo por dois a zero. Meu primo perguntou se eu achava que ainda dava
e eu, criança, sustentei meu otimismo nos frágeis pilares da lógica absoluta.
“Se eles fizeram dois e um jogo, a gente também pode fazer.”. No final do jogo
Ailton chutou forte, os pilares se mantiveram, meu otimismo não virou decepção.
O Palmeiras não é a Portuguesa, eu sei, mas
também sei que esse Palmeiras não é muito melhor que aquela Portuguesa, e o que
importa é que, assim como naquele Dezembro, os dois times se assemelham. É fora
de casa, é contra o Felipão, tudo isso complica ainda mais uma situação já
difícil, porém não torna impossível o improvável.
O meu otimismo dessa vez tem alicerces até mais
firmes que os de 96. Em São Paulo o Kléber vai ter mais ritmo de jogo, o Moreno
não mais sentir o ombro, e a queda de rendimento de ontem não vai se repetir. O
Grêmio vinha jogando muito melhor que jogou ontem, e a tendência é voltar a
jogar bem. E se não jogar bem, que seja na marra, na insistência, como os
apaixonados, que nunca desanimam, até criar uma brecha, até a paixão ceder.
Claro que eu sou um otimista incorrigível,
claro que existem exemplos em que meu otimismo virou decepção, claro que talvez o
Palmeiras não ceda. Claro que eu vou ficar triste. Claro que não vou ficar com
vergonha. Claro que eu, como todo torcedor apaixonado, nunca vou deixar de ter
orgulho do meu time. Claro que eu, como todo humano apaixonado, vou querer
sempre mais. Claro que eu vou acreditar até o fim, eu sou gremista, e acho bom
demais ser assim. Claro que vai dar. Vai ter que dar.
É. A principal diferença de 1996 para 2012 é justamente o Felipão. Lá ele estava do lado do Grêmio, hoje ele está contra.
ResponderExcluirE o Felipão é e sempre vai ser o Felipão.
Ainda assim, boa sorte pro próximo jogo!
;)