Há quem não goste das obras de Oscar Niemeyer, quem ache Chico Buarque
chato, Vinícius de Moraes piegas, e há até quem ache a Agatha Christie simplória. Esse texto não é para essas
pessoas. Esse texto, alias, não é muitas coisas. Não é justificado, não possui hifenização,
as margens não são regulares. Não é um conto, nem uma crônica, nem um poema.
Esse texto não defende nenhuma ideia, não argumenta sobre nada, não desenvolve
nenhuma tese. Esse texto é alinhado à esquerda, se pudesse teria curvas e seria
uma série de palavras dispostas sinuosamente, criando formas leves, como se o
arquiteto tivesse trocado o concreto por letras de macarrão. Esse texto é para
Niemeyer.
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