Foram tantos dias nublados
Que quando o sol reapareceu,
Paulo fugiu para uma caverna.
Nunca mais viu a luz do sol,
Não sentiu seu calor,
Não teve a pele queimada.
Isolado em sua escuridão, estava fora do alcance.
Tanto dos perigos, que não sabia citar,
Quanto das flores, que já não conseguia lembrar.
Morreu assim, calmo e a salvo
Sem feridas, sem cicatrizes
E sendo o homem mais infeliz da face da terra.
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