Quando há em um time um grande jogador, que é o referencial técnico de
uma equipe
com outros jogadores de qualidade, nos referimos como “fulano e cia.”.
A Argentina
é Messi e companhia, o Brasil é Neymar e companhia. Se o grande
jogador, contudo,
estiver em um time em que todos os companheiros são apenas medianos, a
equipe
é chamada de “fulano e mais dez”. A Bélgica é Hazard e mais dez. Há o
caso das
equipes que não tem um “ fulano”, nenhum jogador se destaca como muito
melhor
que os outros, para o bem e para o mal. A Alemanha não tem nenhum
jogador
indiscutivelmente craque. Contudo a Alemanha tem jogadores bons em todos os setores do
time,
incluindo o banco. O Irã é um exemplo sem “fulano” do outro lado.
Portugal não se enquadra em nenhum desses exemplos. Os lusitanos tem
um grande
“fulano”, talvez o melhor da Copa, mas não tem “companhia”, sequer tem
“mais
dez”. CR7 está sozinho, terá que ser um Atlas, carregando sua seleção
na Copa até
onde der para ir. Dificilmente será além das quartas-de-final.
Bastidores: Uma fonte que prefere não se identificar informou com
exclusividade
para o Blog do Schuster que Cristiano Ronaldo chegou no hotel onde
Portugal se
hospedou, pegou algumas garrafas de vinho, e trancou-se no quarto,
sozinho. O
silêncio da habitação de CR7 foi quebrado pela TV, com inúmeras
reportagens
sobre o jogo. O VT completo começou a ser transmitido por volta da
meia-noite e,
à medida que o placar enchia e a garrafa esvaziava, um choro baixo
começou a ser
ouvido. Seguiu assim, contido, como um plano de fundo sonoro, durante
o pênalti
convertido por Müller, a cabeçada de Hummels na bola, a cabeçada de
Pepe em
Müller, e o chute de Müller de dentro da área. Porém, quando Rui
Patrício escorou
a bola para Müller assumir a artilharia da Copa, o choro explodiu
estrondoso. Já era
alta madrugada e ainda podia se ouvir, no corredor, um voz embriagada
cantando
aos prantos:
“All by my self,
Don’t want be.
All by my self,
Anymore.”
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