sábado, 21 de junho de 2014

Milagres

Quando estreou na Copa, contra a Bósnia, Messi (e toda a Argentina) estava mal. Ganhava por 1X0 mas os herzegovinos assustavam. Lionel recebeu a bola, dominou, arrancou, tabelou, chutou, vibrou com uma fúria que nunca tinha mostrado ao mundo. Os bósnios ainda diminuíram, mas não empataram, o primeiro gol de Messi salvou a Argentina no jogo mais difícil do grupo, teoricamente. Eis que chega o Irã, pressionando, criando chances, tendo um pênalti negado, transformando o goleiro argentino no nome do jogo. Até os 46 do segundo tempo. Aos 46 do segundo ele resolveu dar o ar da graça no jogo. Ele mesmo, o dez, o craque, o salvador, que recebeu a bola na entrada da área, cortou para o meio e disparou de canhota. A bola, como se tivesse vontade própria, desviou do defensor, escapou do abraço do goleiro iraniano e deitou-se na rede, descansando depois de um longo dia de trabalho.


Se os argentinos já tinham em Maradona um Deus para chamar de seu, agora contam com um Lionel Messiânico e após esse segundo milagre na Copa o Papa Francisco vaticinou: “Se fizer mais um eu canonizo” .

Nenhum comentário:

Postar um comentário